VANNEVAR BUSH,em 1945 enunciou pela primeira vez a idéia de um hipertexto.Matemático e físico de expressão afirmou que a mente humana funciona através de associações e que,na época,a maior parte dos sistemas de indexação e organização classificavam cada item sob uma única rubrica e a ordenação era puramente hierárquica. A mente humana vai de uma representação para outra, desenha trilhas dicotômicas, tecendo uma rede exponencialmente maior e mais complexa do que os princípios da indexação clássica ou de bancos de dados existentes.
VANNEVAR criou o famoso memex,uma espécie de memória auxiliar do pesquisador ou consultor que permitia criar ligações independentes de qualquer classificação hierárquica entre uma dada informação e outra.Um determinado item visualizado determinaria que todos os outros ligados a ele poderiam ser recuperados ao simples toque de um botão.Cria-se desta forma um dispositivo fundamental do próprio processo de pesquisa e de elaboração de novos conhecimentos.
Já no início dos anos 60, THEODORE NELSON criou o termo hipertexto para exprimir a idéia de escrita/leitura não linear e sim de uma imensa rede acessível e em tempo real, contendo todos os saberes literários e científicos do mundo. Surge então o Projeto Xanadu,uma espécie de diálogo incessante e múltiplo que a humanidade mantém consigo mesma e com o seu passado. Ainda hoje encontramos sistemas de hipertexto muito específicos que nos auxiliam num trabalho coletivo.
Convém lembrar que a produção de um hipertexto,especialmente de dimensões muito grandes,necessita de minuciosa organização,seleção de contextualização,de acompanhamento e orientação do usuário,pois os formadores (público e alunos,por exemplo) normalmente é bastante diverso em sua própria contextualização.
O hipertexto possui uma construção de base de dados com acesso associativo, extremamente imediato, intuitivo, combinando som, imagem, gráficos e o texto com grande capacidade de multiplicação entre usuários e produtores.
Fonte: AS TECNOLOGIAS DA INTELIGÊNCIA O Futuro do Pensamento na Era da Informática Tradução Carlos Irineu da Costa
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