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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Às novas Julietas

No meu tempo os filmes romance-dramáticos tentavam ao menos, ser o mais realista possível. O amor era demonstrado com suas virtudes e sofrimentos, sem todo aquele exagero Romeu e Julieta de amar. Concordo que para a época era o que as pessoas queriam ler. Outros tempos, outra literatura. O sonho de amor perfeito de todas as donzelas que molhavam as calcinhas lendo as declarações de amor, esperando um dia ser uma Julieta. Eu acho forçado demais, pois, mesmo naquele tempo, o mais fiel dos Romeus devia virar algumas noites mordendo seios de prostitutas bêbado nos bordeis da região. E é comprovado na história: o amor, assim como a política ou a sociedade de modo geral, sempre pode ser corrompido. Nem o mais leal dos cães vai passar fome com o dono se puder comer com um desconhecido. Ok. Essa dos cães ficou uma bosta e, sendo assim, vou usar uma mais popular: O quintal do vizinho é sempre mais verde... E realmente ficou melhor.
     Olhando os filmes da série de Sthefany Meyer, pensei muito a respeito de amor, romance, essa fidelidade deturpada da minha geração, etc. É o Romeu e Julieta do Século XXI com uma pitada mítica para dar um diferencial. Demonstra a mentalidade adolescente da geração de minha irmã. Querem amores impossíveis, são inseguras, sonham com os príncipes encantados que não existem, ou existem e elas procuram nos lugares errados, ai acreditam no primeiro babaca que aparece falando coisas bonitas para transar, tomam um pé no rabo, ai ficam frustradas o resto da vida e dizendo que todos os homens não prestam. Mulheres não digam que não é verdade porquê é, ok? Antes as donzelinhas queriam um Romeu para morrer por elas e hoje querem um Eduard (o amor impossível) enquanto flertam com um Jacob (o que era um ninguém antes e hoje é um ninguém saradão). Fui só eu que achei a tal da Bela bem vadiazinha? Dizer ser apaixonada por um e ficar, literalmente flertando com o outro enquanto o cara está longe. Mas tirando a parte dos vampiros e lobisomens, que eu achei uma encheção de lingüiça, o que há de real neste amor deles alem de demonstrar o quão são iludidos (e continuarão sendo) esses projetos de mulher. Se é que um dia existiu algo assim.
     O amor e o sofrimento são gêmeos siameses. Sofremos por saudade, de ansiedade contando as horas para ver a(o) namorada(o), sentindo ciúmes, desconfiando, ou seja, de alguma forma por mais felizes que sejamos com tal criatura em algum momento vamos sofrer por alguma coisa. Antigamente as pessoas sabiam lidar melhor com essas coisas. Mesmo com todas as dificuldades lutavam pelo relacionamento com unas e dentes. “Essa foi a pessoa que escolhi e pronto”. Prova disso é o número considerável de separações nos últimos 30 anos. É fácil assim, casar e se não der certo, foda-se. Bola para frente. Chamam os advogados, assinam os papéis, separam os bens, e ponto final.
     Esses romances cinematográficos estão acabando com a realidade e humanidade dos relacionamentos. Tudo sempre dá certo. E as mulheres adoram. Torna-se a forma de tentar buscar em algum lugar o que nunca vão ter, pois vamos ser sinceros, esse amor que estão colocando na cabeça dessas futuras infelizes e frustradas mulheres, NÃO EXISTE.
     Fica a dica a vocês que estão entre os 12 e os 17 anos. Sabem aquele garoto da sua sala, que não é feio, mas não é o malandrinho que usa roupas de marca e fica fazendo bagunça? Esse é o cara perfeito pra você. Hoje ele pode ser um ninguém, mas tenha certeza, que esse vai ser o dono da empresa (gatão, bem arrumado, e cheio de grana) onde os seus futuros e ignorantes maridos (esses malandros que vocês tanto veneram na escola), vão se matar de trabalhar.

André Luís Pereira
27/01/2011

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