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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Relacionamentos fugazes.


            Já convivi e continuo convivendo com muita gente jovem seja no âmbito social, quanto no profissional. Por formação, adquiri a capacidade de observação.Surpreendo-me,muitas vezes,observando detalhes do comportamento das pessoas.Talvez,um psiquiatra diria que isto é seria um determinado desvio sei lá do que.Não é esta a linha de pensamento que quero desenvolver.
            Com o passar do tempo, estou chegando à conclusão de que não só o jovem, mas ele em maior intensidade perdeu de certa forma, a capacidade de se apegar às pessoas e as coisas que estão ao seu entorno ou que lhe envolvem diretamente. Ouço com muito mais freqüência que “seja bom enquanto dure”.Outra expressão é “a fila anda” e “voltei a pista para negociar”.São expressões que denotam estabelecimentos de compromissos de toda ordem muito casuais.
            São em número muito menor, nos dias de hoje, observarmos jovens e adultos com idades mais avançadas que estabelecem relacionamentos fugazes. Há um imediatismo virulento se estabelecendo nas relações interpessoais sejam na vida privada, nas relações sociais e profissionais. A história do indivíduo é muito facetada de envolvimentos e eventos, aliás, não há uma caminhada constante na vida de um indivíduo.Em tudo há uma necessidade de respostas imediatas.Serve ou não serve.É bom ou ruim.Produz efeito desejado ou não.Não há espaço para adequação.Tudo isto torna os envolvimentos muito superficiais e de retorno quase sempre frustrante,sem comprometimento e libertário.
            Conversava com um executivo do setor de recursos humanos de uma empresa multinacional de considerável importância no cenário nacional, Sua queixa era bilateral. De um lado a empresa, por força da globalização, busca produtividade e lucro imediato através de suas contratações, por outro lado o recrutando visa compulsivamente salários e vantagens iniciais que se adquirem fazendo história com o passar do tempo. Nem a empresa, nem o contratado se dão tempo. Isto traz uma carga muito grande de frustrações para os dois lados.Em vista disto, muitas empresas, conscientes deste problema, estão criando departamentos que são verdadeiros centros educacionais objetivando a formação do seu colaborador. Uma total reciclagem em termos de conduta, conhecimento e visão de futuro. Se assim não for feito a rotatividade de contratações e rompimentos de relações trabalhistas é volumosa.
            A globalização traz consigo incontáveis aspectos positivos, da mesma forma que coloca os países e seus habitantes no dilema de posicionar-se como um ser imediatista e produtivo, caso contrário ficará a margem do processo. É necessário domínio total da sua área profissional.Habilidades na solução de problemas de forma instantânea é fator preponderante,não esquecendo a capacidade de superação no trato das relações interpessoais. E, aí vem a queixa mais freqüente dos recrutadores de departamentos de recursos humanos quando dizem que nossos jovens chegam despreparados às portas das empresas. Sem experiência profissional sim,admite-se. Mas despreparados para assimilar orientações, informações, ler e interpretar rotinas de trabalho... Não.Isto não é admissível.E a culpa volta como uma flecha mortal para sua formação de nível fundamental e médio.
            E o que diríamos, nós educadores?
            Vou postar mais adiante minha opinião.
            Acrescente a sua. Vamos formar um hipertexto com alternativas de soluções ?

 (Renato Hirtz - abril/2012)
           

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