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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dia da Reforma de Lutero



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O calendário marcava o dia 31 de outubro do ano de 1517, véspera do feriado de Todos os Santos.
Na entrada da imponente Igreja do Paço, na cidade Wittenberg, situada bem no centro da Alemanha, um homem de estatura média, vestido em trajes de monge, aparentava um pouco mais de 30 anos, fixava algumas folhas de papel na tábua do portal destinada a anúncios acadêmicos.
Os transeuntes, não pareciam ligar muito para atitude do monge; alguns o conheciam, sabendo que se tratava do professor e padre Martim Lutero, docente de Estudos da Bíblia na universidade recentemente fundada em Wittenberg: Devia ser coisa de padre ou de professor.
Para os que estavam mais por dentro, talvez tenham entendido logo que o professor estava fixando naquela tábua uma série de teses teológicas, desafiando os colegas docentes e os estudantes a discutirem com ele as colocações feitas nas teses, numa data previamente marcada.
Sabia-se que elaborar teses e defênde-las em ambiente acadêmico era direito e dever de cada professor da universidade. Era o que estava realmente acontecendo: o professor Martim Lutero acabara de expor ao público as 95 teses sobre uma prática comum da igreja de então: A prática de concessão de indulgências, isto é, do perdão de punições da igreja. Alguns meses antes, Lutero já havia mandado cartas a 2 bispos relacionados com aquela prática.
Como os bispos nem haviam respondido suas cartas, ele resolvera via a público. As teses sem demora forma copiadas por leitores entusiasmados, e logo passaram a ser impressos e multiplicadas pelas máquinas que Gutenberg tinha inventado 70 anos antes.
No decorrer de 2 meses, a Alemanha foi inundada por milhares e milhares de exemplares daquele escrito evidentemente revolucionário. Mais 2 meses, e traduções das teses para outras línguas européias tinham sido espalhadas em todos os recantos do continente.

Parece uma coisa improvável: Uma série de teses acadêmicas, no decorrer de algumas semanas se transforma em assunto de conversa tanto do povo nas ruas, como também dos nobres nos palácios e dos teólogos nos templos e nos mosteiros!Como muitos teólogos, Martim Lutero discordava de algumas práticas eclesiásticas difundidas no clero e no povo.
Mas entendia que o papel da teologia era justamente de fazer valer a verdade expressa na Bíblia e nas boas tradições da igreja, ajudando o papa a manter a igreja no caminho certo. Ele próprio havia jurado fidelidade á Bíblia, ao ser investido com o doutorado em Teologia, e estava decidido a cumprir o juramento, a serviço de Deus e a igreja.
Assim ele resolveu enfrentar a prática de certos pregadores, que vinham alvoroçando o povo com suas pregações interesseiras e inescrupulosas. Ele na era o único a condenar a atividade dos que apregoavam as “indulgências”, mas era o único teólogo que decidiu abrir a boca e voltar-se com a decisão contra uma prática que sabia incompatível com o Evangelho de Jesus Cristo.
Aquele ato nada extraordinário do monge Martim Lutero, viria a desencadear uma avalanche sem precedentes na história espiritual, cultural, social econômica e política da Europa, como também em grande parte do mundo de então. Abalaria a Igreja Católica, desencadeando o movimento da Reforma.


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