Até bem pouco tempo comentava-se que a palavra
mágica para o bom relacionamento entre pessoas era o, ”por favor”. Ela
facilitava a solução de muitos problemas, tarefas e resultava sempre em
produtividade e simpatia. Continua sendo a expressão social menos usada e mais
educada quando solicitamos alguma coisa a alguém. Existem outras tantas, tais
como o “muito obrigado”, “com licença” e por aí vai.
Observando
as atividades dos órgãos públicos e autarquias, principalmente no que tange a
prestação de serviços públicos elegi uma palavra mágica que se ausenta nos
projetos propostos. A palavra mágica denomina-se planejamento. Segundo os
dicionários planejamento é “Levantamento
e ordenação de atividades e recursos que devem ser seguidos para atingir o
objetivo traçado” ou “Capacidade de pensar antes agir; capacidade de
discriminar o que vem primeiro e o que vem depois; dialética do saber e poder;
capacidade de articular pensamento e ação”.
Gosto
da definição de Paulo Nunes que diz: O Planejamento consiste na escolha dos objetivos a médio e longo prazo e na previsão
dos meios e formas para que esses objetivos tenham maiores probabilidades de
serem alcançados. O planeamento permite assim a existência de uma linha de
rumo, a introdução de objectivos futuros em todas as decisões do presente e, em
simultâneo a eliminação de pontos fracos e antecipação de ameaças do exterior,
possibilitando o desenvolvimento da organização através da definição de estratégias para o melhor
aproveitamento das oportunidades.
Na realidade há uma confusão entre projeto e
planejamento. Um faz parte do outro,porém são distintos. Posso projetar alguma
ação sem nenhum plnajemaneto. O contrário também é valido. Eles ordenam uma
idéia que se quer colocar em prática.
E para que serve o planejamento, ausente em muitas
ações públicas e de autarquias. E por que não dizer em algumas empresas
privadas (principalmente prestadoras de serviços) ? Na realidade vem evitar
distorções futuras na aplicabilidade de um projeto ou na contionuidade de um
processo.Vejam as prefeituras do litoral gaucho que recebem o triplo de sua
população durante o verão. Há falta de energia elétrica, água, congestionamento
veicular e por aí vai. É de conhecimento de todos o enfartamento populacional
nestas regiões turísticas e a demanda da prestação dos serviços públicos. Isto
ocorre por que não há planejamento a curto, médio e longo prazo para chegar-se
a época de veraneio poder atender toda a demanda. E poderemos ficar citando
inúmeros exemplos como na saúde pública, na segurança, nas ações sociais que se
tornam paliativos e não atigem seus objetivos a pleno modo.
As secretarias ou setores de planejamento são na
realidade “bombeiros “. Estão sempre apagando fogo,isto é, atacam de forma
emergencial situações problemas que se apresentam . São ações imediatistas para
solucionar problemas pontuais. Não há um
compromisso, não são estabelecidas claramente as estratégias e as ações. Não se
estabelece claramente de quem deverá ser a responsabilidade de executar. Como
consequência flexibiliza-se, por ação de fatores externos ou internos, os
prazos para sua execução aleatoriamente. Inexiste um sério e comprometido
(inflexível por que foi previsto) um cronograma físico e financeiro. Corre-se o
risco de não levar a termo cada ação planejada.
O resultado são gastos desnecessários e improdutivos na execução de um projeto. As ações são tomadas conforme surgem as necessidades urgentes, muitas vezes ultrapassando o bom senso ou o cruel adiamento devido a cálculos inadequados de tempo e de custos. Não haverá retomadas chamadas de “plano B” em decorrência da deficiente visão estratégica.Surge com isto o desperdício do dinheiro público e o atendimento deficitário das repartições públicas ocasionando o ônus do resultado negativo ao próprio funcionário seja público ou privado.
O resultado são gastos desnecessários e improdutivos na execução de um projeto. As ações são tomadas conforme surgem as necessidades urgentes, muitas vezes ultrapassando o bom senso ou o cruel adiamento devido a cálculos inadequados de tempo e de custos. Não haverá retomadas chamadas de “plano B” em decorrência da deficiente visão estratégica.Surge com isto o desperdício do dinheiro público e o atendimento deficitário das repartições públicas ocasionando o ônus do resultado negativo ao próprio funcionário seja público ou privado.
Renato Hirtz
Janeiro 2013
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